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O Rappa foi uma banda de reggae rock brasileira, formada em 1993 no Rio de Janeiro. Notável por suas letras de forte cunho social. Formada pelos músicos que acompanharam o cantor de reggae Papa Winnie em uma turnê pelo Brasil mais o cantor Marcelo Falcão, O Rappa não obteve muito sucesso com seu álbum de estreia, mas alcançou fama nacional com o segundo disco Rappa Mundi, lançado em 1996. Em 2001, perderam seu lider, baterista e principal letrista, Marcelo Yuka, quando este se tornou paraplégico após ser baleado em um assalto. Com o instrumento assumido pelo tecladista Marcelo Lobato e as letras de Marcos Lobato, O Rappa se manteve na atividade, lançando o disco O Silêncio Q Precede O Esporro em 2003 e permanecendo como uma das bandas mais aclamadas do rock brasileiro. O Rappa já vendeu mais de 5 milhões de cópias de seus trabalhos em todo o mundo.

História
Em 1993, foi montada uma banda às pressas para acompanhar o cantor Papa Winnie em suas apresentações no Brasil. Formada por Nelson Meirelles, na época produtor do Cidade Negra e de vários programas de rádios alternativas do Rio de Janeiro; Marcelo Lobato, que havia participado da banda África Gumbe; Alexandre Menezes, o Xandão, que já havia tocado com grupos africanos na noite de Paris e Marcelo Yuka, que tocava no grupo KMD-5. Após essa série de apresentações como banda de apoio do cantor, os quatro resolveram continuar juntos e colocaram anúncio no jornal O Globo para encontrar um vocalista. Dentre extensa lista de candidatos, Marcelo Falcão foi o escolhido.

Mesmo já tendo uma apresentação agendada no Circo Voador, o grupo não tinha nome. Cogitaram "Cão Careca" e "Batmacumba", e após ver no jornal a expressão "rapa", que designa o ato em que policiais interceptam camelôs, se empolgaram com o termo. Segundo Falcão, "era perfeito. Gíria de rua, coisa da rua: o que nós somos. Colocamos o artigo 'O' e mais um p, para ficar mais forte". Finalmente, com Falcão na voz, Marcelo Yuka na bateria, Xandão na guitarra, Nelson Meireles no contra-baixo e Marcelo Lobato no teclado, estava formado O Rappa. Em 1994, lançaram seu primeiro disco, que levou o nome da banda. O Rappa não obteve muito sucesso e foi o único disco com a presença de Meirelles, que abandonou a banda por motivos pessoais. Com a saída de Nelson Meireles, Lauro Farias, que tocava com Yuka no KMD-5, assumiu o contrabaixo. Em 1996, foi lançado Rappa Mundi, que praticamente introduziu a banda no cenário nacional e quase todas as canções foram sucesso. Entre elas, "Pescador de Ilusões", "A Feira", "Eu Quero Ver Gol", "Miséria S.A.", "Ilê Ayê", "O Homem Bomba", a regravação de "Vapor Barato" que ficou conhecida na voz de Gal Costa e a versão em português para o sucesso de Jimi Hendrix, "Hey Joe".

Em 1999, é lançado Lado B Lado A, bastante elogiado pelas letras de Yuka em canções como "Minha Alma (a paz que eu não quero)", "O Que Sobrou do Céu", "Me Deixa" e "Lado B Lado A". Os videoclipe das duas primeiras canções foram premiadíssimos no Video Music Brasil, tornando-se sucesso nacional.

Em 2000, O Rappa causou "comoção pública e muita indignação" entre diversas bandas no Rock in Rio que ocorreria no ano seguinte, protestando contra a organização em especial com o horário de show, antes do Deftones. Foram retaliados com exclusão, e 5 bandas brasileiras saíram do festival em protesto (Skank, Raimundos, Jota Quest, Cidade Negra e Charlie Brown Jr.)

Em novembro de 2000, o baterista Marcelo Yuka foi vítima direta da violência urbana, ao ser baleado durante tentativa de assalto, ficando paraplégico e assim impossibilitado de tocar bateria. Lobato assumiu o instrumento (deixando para seu irmão Marcos Lobato, contribuinte do O Rappa, os teclados, este não entrou oficialmente para a banda) e O Rappa voltou a tocar. Mesmo debilitado, o baterista voltou ao grupo e no mesmo ano lançaram o disco Instinto Coletivo, com um show gravado em 2000, ainda com Yuka na bateria e três inéditas de sua autoria. Yuka desligou-se da banda deixando inimizade com os outros companheiros, alegando ter sido expulso por não concordar com o novo rumo que a banda vinha seguindo. Yuka fundou outro grupo, F.ur.t.o (Frente Urbana de Trabalhos Organizados), que faz parte de um projeto social homônimo, que, segundo Yuka, era algo maior do que O Rappa o possibilitava. A dedicação de Yuka ao projeto F.ur.t.o. pode ser vista mesmo durante sua estadia n'O Rappa: ele aparece com uma camiseta preta com o nome F.ur.t.o. em branco durante o videoclipe "Minha Alma (A paz que eu não quero)" vídeo clipe que deu toda a projeção ao O Rappa como movimento social e não somente uma banda de rock.

A banda decidiu seguir sem Yuka, com Lobato se tornando o baterista titular, e seu irmão Marcos se tornou músico de apoio nos teclados. Após cogitarem o poeta Waly Salomão como letrista, a morte deste fez Marcos Lobato assumir as letras. O primeiro disco reformulado foi O Silêncio Q Precede O Esporro , lançado em 2003, com diversas canções de sucesso como "Reza Vela", "Rodo Cotidiano" e "O Salto". Em seguida foi lançado o DVD homônimo, gravado ao vivo no Olimpo, Rio de Janeiro. Em 2005, atendendo a convite por parte da MTV Brasil, a banda gravou o especial Acústico MTV com participação de Maria Rita - que havia gravado "A Minha Alma" em um de seus discos - em "O que sobrou do céu" e "Rodo Cotidiano", e Siba, do Mestre Ambrósio, na rabeca em algumas canções. No dia 7 de julho de 2007, O Rappa realizou um concerto na etapa brasileira do festival Live Earth no Rio de Janeiro. Em 2008, lançaram o álbum 7 Vezes. A faixa escolhida para primeiro single, "Monstro Invisível", chegou as rádios no dia 8 de julho e fez muito sucesso, sendo bastante executada. Destaque também para o segundo single, "Meu Mundo é o Barro" e o terceiro single "Hóstia". Em 22 de agosto de 2009, O Rappa fez um show na favela da Rocinha, que rendeu outro DVD. Em 2008, Marcelo Lobato voltou a assumir os teclados, Cleber Sena, que já tocava com a banda na percussão, assume a bateria até sua saída em 2013. Após a saída deste, Felipe Boquinha assumiu as baquetas.

Seguiram-se dois anos de pausa, explicados pelos músicos como necessidade de descansar após 15 anos na estrada. O Rappa voltou a tocar junto com shows na Marina da Glória em outubro de 2011. Xandão declararia que ele sugeriu o hiato, após um confronto com Falcão que começou quando o cantor fez críticas a Lobato após um show. Durante a pausa, Falcão reviveu o projeto Loucomotivos, com uma turnê gerida pelo empresário Ricardo Chantilly, que decidiu trazer para O Rappa. Sob Chantilly, a banda aumentou seu número de shows e subsequentemente o faturamento. Em 2013 lançam novo álbum intitulado Nunca Tem Fim..., com músicas como "Anjos (Pra Quem Tem Fé)" “Fronteira (D.U.C.A.)” e "Auto-Reverse", com o qual 3 meses após lançamento, certificado de Disco de Ouro é atribuído ao novo álbum.

No dia 3 de maio de 2017, o grupo anuncia no Facebook que após o termino da turnê, em 2018, fará uma pausa 'sem previsão de volta'. A relação entre os músicos já estava se desgastando após décadas juntos, e Falcão também se voltou contra Chantilly em 2016, quando o grupo foi fechar uma turnê europeia em Portugal, a companhia aérea perdeu uma mala do cantor, e o empresário estava ausente porque tinha ido se casar na Itália. Durante os últimos shows, os músicos nem se falavam fora do palco. As últimas apresentações d'O Rappa foram na Jeunesse Arena, no Rio, em 13 e 14 de abril, reunindo 22 mil espectadores.